Acabou. Eu perdi a guerra depois de dez anos de batalhas atrozes sem nenhum tempo para descansar.
Para ser sincero, eu desisti de lutar e deixei que as sombrar vencessem, decidi permitir que me consumissem e, me surpreendi, quando senti o toque dos dedos cadavéricos e frígidos das trevas. Eu senti um prazer mórbido ao toque gelado sobre minha pele.
Hoje eu anseio pelo toque da escuridão, anseio pela névoa macabra para que me envolva e faça exalar o cheiro pútrido de sangue podre. Ah! o cheiro penetrante e adocicado de morte. Minh'alma clama em desespero por sofrimento e meus tímpanos vibram de prazer ao ouvir o silêncio se maculado por gritos de puro terror.
Me perco em êxtase quando tocado pelo frio mortificante que atravessa minha carne e abraça meus ossos. E esse frio me toma com violência e violenta meu espírito obsceno.
Que a Lua sangre! E que corvos agourentos espalhem a enfermidade da mente! E que tudo desabe às ruínas até que não reste uma só mente sã na face desta terra maldita.